sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Suspiro

Estou enferrujada. Já não me saem as palavras com a mesma facilidade que dantes. Não percebo bem porque, mas algo me diz que tem haver com a idade. Parece que o crescimento que eu sofri alterou-me a maneira de pensar. Parece que já não têm lógica falar nas minhas experiências e contar aos outros o quanto sofro ou sofri. Parece que essa necessidade passou a frente. Parece que as palavras já não me chegam para contar o que se passar. Mas tentando e querendo que saibam, eu conheci uma pessoa. Não é aquelas pessoas que conhecem hoje em dia, é uma pessoa de verdade. Não como aquelas que nós vemos nos filmes e que queremos que elas sejam reais. Esta pessoa é real. Esta pessoa é diferente. Ela sobe as árvores comigo, vai ao pinhal comigo, vemos as estrelas, diz-me bom dia e boa noite. Ela percebe quando eu não estou bem, ela percebe quando estou bem. Ela é compreensiva, doce, carinhosa, é alegre, é tontinha, é calorosa, sabe o que dizer no momento certo. Ela é o oposto do que eu queria para mim. Essa pessoa é parecida comigo, ou melhor com o meu eu escondido. Ela mostra-me o melhor, ou melhor, mostra-me a parte boa da vida, o porque de sermos felizes e de devermos ser felizes. Ela está-me a mostrar um mundo novo ou então uma parte que eu não conhecia. Ela está a abafar o meu mau humor, e os meus maus momentos e com simples frases a por-me bem. Ela faz-me bem. Ele faz-me bem. Tu fazes-me bem. Obrigada.

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